quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Pitaya: a fruta brasileira que emagrece!

 
 
Foto
 

Pitaya: a fruta brasileira que emagrece!

Conhecida como Koubo ou Fruta do Dragão, é a nova aposta para um corpo zerinho

Por Ludymila Franco

Que mulher não deseja transformar toda a gordura e açúcar ingeridos na alimentação em zero calorias e nem um grama a mais na balança? Parece até um sonho, mas ele pode se tornar realidade se você incluir no cardápio uma frutinha tipicamente brasileira: a pitaya. Com sabor levemente adocicado, ela traz diversos benefícios para quem precisa afinar, porque tem ação termogênica. Quer dizer, apresenta uma maior dificuldade em ser digerida pelo organismo e, com isso, aumenta o gasto energético, auxiliando na queima de gordura. “Isso acontece porque a tiramina, um aminoácido presente na pitaya, ativa um hormônio do nosso organismo chamado glucagon, que estimula o próprio corpo a utilizar as reservas de açúcar e gordura e transformá-las em energia”, diz a nutricionista do Dietnet Assessoria Nutricional, Lara Natacci, de São Paulo.
pitaya-m2-shutterstock
Nadinha de fome!
Se não bastasse transformar o doce e a gordura em zero calorias, ela ainda acaba com a fome. É que o glucagon também promove aumento da produção de glicose e leva o corpo a entender que o organismo está alimentado, enviando ao cérebro sinais de saciedade. A tiramina também inibe o apetite, especialmente por doces, diminui o colesterol ruim (LDL), tem propriedades diuréticas e antioxidantes, e é rica em vitamina C. Gostou?
 
Coma, beba ou ingira agora!
O melhor é que, como é cultivada em solo brasileiro, você a encontra facilmente no supermercado, principalmente de novembro a março, que é sua época de colheita. É possível consumi-la in natura ou utilizá-la em sucos, e tomar cerca de meia hora antes, preparado com duas porções da fruta. De preferência, não o faça em centrífuga e nem coe para preservar as fibras. “Se você optar pela forma líquida, vale à pena associá-la a outros alimentos com ação termogênica, como o chá verde, para turbinar os resultados”, fala a nutricionista e professora da Universidade São Camilo, Samantha Rhein, de São Paulo. Dá também para ingerir as cápsulas do koubo, que são vendidas em dosagem de 200 mg a 400 mg, mas antes consulte um médico para saber a quantidade adequada. “As pílulas apresentam um resultado melhor porque são constituídas do extrato de diversas partes da planta: caule, flor e fruta, propriamente dita. Mas antes de comprar, converse com uma nutricionista”, informa Lara Natacci.
 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Todos por essa idéia - PEC 35/2012

Autor: Senador Cyro Miranda e outros Senadores.
 
Ementa: Altera os arts. 29 e 29-A da Constituição Federal para vedar o pagamento de subsídio a Vereadores e alterar os limites de despesa do Poder Legislativo nos Municípios com até cinquenta mil habitantes.
 
 
Explicação da ementa: Altera os art. 29 da Constituição Federal para dispor que em Municípios de até cinquenta mil habitantes os Vereadores não farão jus à percepção de subsídios; em Municípios de cinquenta mil e um a cem mil habitantes o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinquenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; altera o art. 29-A da Constituição Federal para os limites de despesa do Poder Legislativo.
 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

SUS tem despesa recorde com ações judiciais

FOLHA DE S. PAULO - COTIDIANO


A conta da chamada judicialização da saúde alcançou novo recorde: R$ 339,7 milhões gastos pelo governo federal de janeiro a outubro.

O valor engloba as compras diretas de remédios, equipamentos e insumos pelo Ministério da Saúde, e o repasse a Estados, a municípios e a pacientes para o cumprimento de decisões judiciais.

O balanço preliminar de 2012 supera em quase 28% o que foi gasto em todo o ano de 2011 -que, por sua vez, registrou um aumento de 90% em relação ao gasto de 2010.

Entre 2007 e 2011, o crescimento dessas despesas da União chega a 1.237% -esses cálculos não incluem as ações contra Estados e municípios.

Como comparação, os R$ 339,7 milhões são 2,6 vezes o investimento anual do ministério na incorporação, no SUS, do medicamento trastuzumabe - utilizado contra o câncer de mama.

A escalada dessas ações -12.811 novas em 2011, com 70% de decisões desfavoráveis à União- está registrada num relatório da consultoria jurídica do ministério obtido pela Folha.

A pasta pretende lançar em 2013 uma plataforma que permita reunir dados das ações contra a União, os Estados e os municípios, um valor hoje desconhecido pelo governo.

O consultor jurídico da pasta, Jean Uema, fala em possível arrefecimento da curva da judicialização.

"O valor não deve dobrar, pode ser um indicativo de que nossas ações têm dado resultado." Segundo Uema, são duas as frentes de atuação da pasta: incorporar ao SUS novos medicamentos e dar a juízes informações sobre os remédios demandados e tratamentos similares disponíveis.

MAIS EXIGÊNCIAS

Para Tiago Matos, diretor jurídico do Instituto Oncoguia (que apoia pessoas com câncer), decisões recentes indicam que a Justiça está mais exigente antes de determinar a entrega de um remédio.

"Hoje os juízes pedem não só um relatório, mas toda uma justificativa sobre a escolha desse remédio e não outro da lista do SUS. Na grande maioria das vezes, o paciente não tem como pedir ao médico um relatório com essa precisão, principalmente no SUS."

Para o advogado especializado em saúde Julius Conforti, é preciso olhar para a origem do problema, que passaria pela lentidão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em registrar produtos. "Trata-se a judicialização como um fenômeno surgido a partir do nada e sempre com um ar bastante pejorativo, como se fosse uma maldição", diz.

Matos concorda: "A judicialização é uma forma de a sociedade cobrar. Se as pessoas entram com ação e ganham é porque têm direito, não dá para ignorar. O governo têm que olhar os dados e buscar uma forma de garantir esse acesso que não seja por meio de ação judicial."


JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Curiosidades: Redução de estômago dará desconto em restaurante

FOLHA DE S. PAULO - COTIDIANO


Uma lei que entrou em vigor ontem em Campinas (a 93 km de SP) obriga restaurantes a dar desconto de 50% ou meia refeição a clientes que passaram por cirurgia bariátrica (redução de estômago).

A fiscalização será do Procon e quem descumprir pagará multa de ao menos R$ 469,80. A nova regra vale para porções, pratos à la carte e serviços de rodízio. Ficam de fora pratos cobrados por quilo, bebidas e sobremesas.

Lanchonetes não precisam cumprir a medida, segundo o vereador Francisco Sellin (PMDB), autor do projeto.

A primeira tentativa de emplacar o desconto foi em 2009, mas o texto foi arquivado. Segundo o vereador, há lei semelhante em Vila Velha (ES).

"Ouvimos muitas pessoas antes de elaborar a lei e é uma unanimidade que quem passa pela cirurgia não consegue comer metade de uma refeição. Mesmo assim, pagava o preço inteiro. Acho uma injustiça", afirma o vereador. Ele diz que não fez a cirurgia e não tem familiares operados.

Para obter o benefício, o cliente deve comprovar que passou pela redução de estômago, apresentando laudo ou declaração de um médico.

Segundo a lei, os restaurantes devem colocar cartazes informando o direito ao desconto aos consumidores.

O sindicato de bares e restaurantes de Campinas critica a obrigação. "Isso é legislar pelo prejuízo alheio, um desrespeito à liberdade do empresário", disse o porta-voz da entidade, Moretti Bueno.

Segundo ele, o sindicato vai aguardar para ver os efeitos da lei e então definirá se contestará ou não a medida.

MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

Exame reprova 54% dos futuros médicos de SP

FOLHA DE S. PAULO - COTIDIANO


Mais da metade dos quase 2.500 estudantes de medicina que se formam neste ano no Estado de São Paulo não possui condições mínimas para atender a população.

A avaliação é do conselho paulista de médicos, que reprovou 54,5% dos alunos no exame da entidade deste ano, o primeiro obrigatório para tirar o registro profissional.

Não ser aprovado no exame não é impeditivo para o exercício da profissão.

A prova teve a maior participação desde 2005, quando passou a ser aplicada. Em 2011, quando não era obrigatória, 418 alunos a fizeram.

O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) considera reprovado quem acerta menos de 60% da prova, de 120 questões. "Esses profissionais terão grandes problemas ao atender a população", afirma Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp.

Apesar da ameaça de boicote por recém-formados, apenas 119 provas foram desconsideradas no resultado final porque estão sob análise. Dessas, 86 foram classificadas como protesto, pois nelas foi marcada somente a alternativa "B" das questões.

Não haverá a divulgação de ranking de universidades com os melhores resultados, mas as instituições e o Ministério da Educação vão ter acesso aos resultados.

As notas individuais também não serão de acesso público -só quem fez o exame vai conhecer sua nota.

As restrições à divulgação dos resultados, segundo o conselho, fazem parte do acordo com as 28 instituições de ensino paulistas. Para o Cremesp, não cabe a ele avaliar faculdades, mas contribuir para a formação dos alunos.

Egressos de escolas públicas tiveram acertos superiores aos de escolas privadas. Apesar de não divulgar o percentual, o conselho informou que a maioria dos aprovados é de sete escolas públicas.

Marina Helena Teixeira, 24, formou-se agora pela Faculdade de Medicina de Itajubá (MG) e fez a prova do Cremesp, pois pretende tirar o seu registro em São Paulo.

"Serve para saber se você está preparado para fazer prova e não para dizer se fez um bom curso. As questões eram sobre detalhes. É mais para quem fez cursinho para residência, mais 'decoreba'."

Em cinco das nove áreas, como saúde mental e pediatria, a média de acertos ficou abaixo de 56%, o que foi considerado "muito preocupante".

O Cremesp atribui parte da qualidade ruim dos estudantes ao grande número de escolas de medicina e defende uma lei que controle a abertura de mais instituições.


JAIRO MARQUES
DE SÃO PAULO
Colaborou MARIANA DESIDÉRIO

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Câmara rejeita urgência para projeto contra Exame de Ordem

Brasília – O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, nesta terça-feira (4), o pedido de urgência para a tramitação do Projeto de Lei 2.154/11, que prevê a extinção da exigência de aprovação no Exame de Ordem para que bacharéis em Direito possam exercer a advocacia.
 
O pedido de urgência foi rejeitado por 233 votos contra 145. Seis deputados se abstiveram.
 
Os projetos em que se reconhece urgência na tramitação vão para votação direto pelo Plenário da Câmara, sem que seja preciso cumprir o ritual de serem discutidos e aprovados pelas comissões temáticas do Parlamento e pela Comissão de Constituição e Justiça. Para aprovar a urgência, seriam necessários 257 votos.
 
O presidente do Conselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante, comemorou a decisão da Câmara. “É preciso elogiar o Parlamento pela serenidade, equilíbrio e responsabilidade no debate dessa questão, que tiveram papel importante”, afirmou. Destacam-se, dentre outros, os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Fábio Tradd (PMDB-MS), Gabriel Guimarães (PT-MG), Bruno Araújo (PSDB-PE), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Rubens Bueno (PPS-PR), Sarney Filho (PV-MT) e Guilherme Campos (PSD-SP). Para Ophir, “o Exame de Ordem é um instrumento que garante o equilíbrio das relações em sociedade a partir de uma boa qualificação da defesa dos cidadãos”.
 
De acordo com Ophir, o fim do Exame trará desequilíbrio em prejuízo do cidadão. “Nos casos penais, por exemplo, o Estado acusador estará bem preparado e poderá enfrentar uma defesa sem a devida qualificação”, sustenta. “O advogado garante os bens mais caros ao cidadão, como a liberdade, a honra e o patrimônio. Por isso, tem de estar bem qualificado”, defendeu. O presidente da OAB disse que a entidade atenderá sempre a todos os pedidos do Congresso Nacional para discutir a matéria. (Com informações do site Consultor Jurídico)
 
De acordo com Ophir, o fim do Exame trará desequilíbrio em prejuízo do cidadão. “Nos casos penais, por exemplo, o Estado acusador estará bem preparado e poderá enfrentar uma defesa sem a devida qualificação”, sustenta. “O advogado garante os bens mais caros ao cidadão, como a liberdade, a honra e o patrimônio. Por isso, tem de estar bem qualificado”, defendeu. O presidente da OAB disse que a entidade atenderá sempre a todos os pedidos do Congresso Nacional para discutir a matéria. (Com informações do site Consultor Jurídico)
 

Presos fazem conferência via celular por quase 10 h

FOLHA DE S. PAULO - COTIDIANO

Dia 10 de fevereiro de 2011, Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, interior de São Paulo, 16h51: começa conferência telefônica via celular envolvendo dois presos e três criminosos nas ruas, que continuaria por mais nove horas e 38 minutos seguidos.

A conversa seria interrompida e retomada depois, chegando a 12 horas e um minuto de discussões pelo grupo.

Os participantes da conferência, ligados à facção criminosa PCC, discutiam negócios: a compra e venda de drogas no Paraguai e na Bolívia, o envio de maconha e cocaína para São Paulo, a distribuição para outros Estados e os investimentos que devem ser feitos com o dinheiro.

A conferência, por telefone celular, é uma das gravadas pela Polícia Federal, com autorização judicial, dentro da Operação Leviatã, desencadeada para combater o tráfico internacional de drogas.

As gravações iniciaram em outubro de 2010 e duraram até maio de 2012, quando foi iniciada a operação da PF, com 25 pessoas denunciadas.

As informações sobre as conferências, que ocorriam toda a semana, estão em processo que tramita na Justiça Federal sob sigilo.

Em média, as conferências reúnem quatro pessoas e podem durar minutos ou horas. Em uma delas, entre a noite de 24 de março e o dia seguinte, chegou a envolver nove pessoas, sendo seis presos.

A Folha obteve cópias dos relatórios que integram o processo. Nas interceptações, não foram flagradas ordens para matar policiais militares, como ocorreu em outras investigações policiais, mas há informações sobre acesso dos presos a internet e TV.

CONIVÊNCIA

As investigações, compartilhadas com a Polícia Civil, mostram que esses diálogos não acontecem diariamente -depende da equipe de agentes de plantão e das rondas nas celas dos presos do PCC.

Dependendo dos agentes, os detentos evitam conversar ao telefone até a mudança da equipe de plantão. A cada dia, os detentos colocam um preso diferente para falar ao celular em nome da facção.

Após as discussões, o preso leva os temas para serem debatidos com a cúpula e retorna com a decisão horas depois ou mesmo no dia seguinte.

Os grampos tiveram como foco Presidente Venceslau porque é ali que a Secretaria da Administração Penitenciá-ria mantém chefes do PCC que não cometeram faltas administrativas -quem comete vai para o presídio de Presidente Bernardes, o único de segurança máxima de SP.

Questionada sobre as conferências, a secretaria, em nota, não respondeu diretamente à questão. Informou que, de janeiro a agosto deste ano, apreendeu 8.335 telefones celulares -desses, 12 foram em Presidente Venceslau, sendo oito com visitantes, antes de eles entrarem no presídio.

APREENSÕES

As conferências vêm sendo usadas pelo PCC principalmente para decidir onde guardar armas e drogas.

Em 2012, a facção teve prejuízos com apreensões feitas pela polícia. No período em que as gravações foram feitas, houve 30 carregamentos de drogas apreendidos, entre eles um de 1,7 tonelada de maconha em Carapicuíba e outro de 19 fuzis em Cajamar.

A partir de então, o grupo investe na compra de casas que servem como esconderijo para as drogas.


(MARCO ANTÔNIO MARTINS, AFONSO BENITES, ROGÉRIO PAGNAN E JOSMAR JOZINO)