segunda-feira, 19 de março de 2012

O Ensino Superior em Tempos Modernos


Leilane Paula CamargosLeilane Paula Camargos
leilanecamargos@netsite.com.br
lattes.cnpq.br/7287779834872799

Passamos nos últimos anos pela era do conhecimento, da informática e estamos entrando na era digital.

Quando o computador passou a ser ferramenta básica nas famílias brasileiras a internet ainda não era acessível a todos, as escolas de Ensino Superior exigiam que o aluno fizesse seus trabalhos digitados. O aluno pesquisava, geralmente em livros, e fazia trabalhos seguindo normas da ABNT. 

Depois disso veio a popularização da internet, os alunos então começaram a fazer CRTL C + CRTL V, ou seja, copiar e colar os artigos que achavam e entregar os trabalhos para os professores, sem ao menos ler ou formatar o texto.
Foi aí que veio o corte de trabalhos digitados na maioria das Escolas de Ensino Superior. E o que aconteceu com Ensino Superior? Caiu gradualmente de nível. Os alunos utilizam o computador o dia inteiro, levam notebooks para as faculdades, mas, não sabem fazer um documento com beleza estética. Estamos formando alunos que não sabem pesquisar na internet. 

E como andam os trabalhos? Do mesmo jeito: O aluno copia e cola e depois faz ele manuscrito. É aí, que, em minha opinião, entra o bom ensino. Quando um trabalho é feito só de cópias o bom Professor ao pegar esse trabalho sabe identificar se foi uma pesquisa ou foi uma cópia. O Professor pode pedir ao aluno que ele coloque uma conclusão ao final do trabalho. Pode ainda perguntar para cada aluno uma parte do trabalho. Não acontece isso. Tá manuscrito? Quanto mais feio melhor.

Os alunos formam e saem das faculdades sem saber formatar um texto. Colocam letras tamanho 8 e fazem texto sem justificar. (Li um processo que o advogado colocou letras Comic Sans Serif e as partes que ele precisava negritar fazia um quadrado para chamar atenção). 

Ninguém vai querer ler um Processo sem clareza, assim como não vai dar atenção a um Contrato sem formatação. Não vão comprar uma casa sem “entrar virtualmente” dentro dela, não irão fazer uma contabilidade se o profissional não tiver um bom software. Para que era a faculdade está formando seus alunos? A informática não deveria ser diferencial, deveria ser algo comum, e infelizmente não é isso que está acontecendo. 

A universidade é a instituição que mais tem condições de preservar a cidadania e buscar o progresso. A universidade deve adotar uma postura aberta para integrar o conjunto do país, abandonando o apego ao presente para se comprometer com o futuro. 

O Ensino Superior precisa acompanhar as evoluções da tecnologia: extrair dela o que há de bom e expurgar o que há de ruim. Penso que após esse período de transição os Professores e Instituições perceberão o quão importante é para o aluno acostumar a lidar com as ferramentas da informática e saberão aproveitar as benesses da mesma.
Leilane Paula Camargos, Casada, mãe de 3 filhos, é Contadora, Perita Contábil, Especializada em Auditoria e Controladoria pela Unifev, Estudante do 5º ano de Direito da Fama.

Nenhum comentário:

Postar um comentário